Mesmo apresentando resultados positivos com vendas de veículos novos, o setor de reparação também vem tendo um crescimento diferente nos últimos anos. Em 2016, o setor cresceu 16,4% no Paraná. A estimativa é que, em 2017, esse número fique entre 14 e 15%.

Um dos fatores que levou a esse crescimento é a crise econômica, já que as pessoas adiam a troca do veículo usado e realizam a manutenção mecânica ou de funilaria para ficar por mais um tempo com o automóvel.

Isso aqueceu parte de um mercado que é tradicionalmente informal: as oficinas familiares ou com até cinco funcionários começaram a se tornar mais profissionais ao aderir por alguns serviços de tributação, como o MEI. Assim, elas conseguem emitir nota fiscal e vão desenvolvendo o negócio que é, historicamente, mal administrados.

Henry Cabral, gerente do Senai de Londrina, comenta que os donos dessas oficinas costumam ser excelentes mecânicos, mas péssimos administradores. “Muitas vezes, os mecânicos ganham por comissão e muito bem, então decidem investir no próprio negócio, mas lhes faltam qualificação na área de gestão”, explica.

Foto Divulgação

Os pequenos negócios enfrentam algumas dificuldades, como o investimento em equipamentos e ferramentas. O Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Paraná, Sindirepa-PR, começou a realizar compras coletivas para disponibilizar esses equipamentos para os associados.

Maurício Troyani, presidente do Sindirepa, explica que, “quem trabalha com multimarcas precisa investir muito em ferramentas específicos. Estamos comprando de forma coletiva porque, assim, conseguimos negociar o preço”.

A previsão de um cenário melhor para os próximos meses também pode ser creditada à mudança de comportamento do consumidor. Para Antônio Gilberto Deggerone, vice-presidente da Associação de Revendedores de Veículos Automotores no Estado do Paraná (ASSOVEPAR), o público vem mostrado uma tendência de consumo mais consciente nos últimos anos, o que também tem ajudado a fortalecer tanto o mercado de autopeças quanto o de serviços automotivos.

“Há três anos, as fábricas iniciaram um processo educativo de cuidados com o carro, muito por conta da garantia dada aos clientes. Esta garantia exige que o consumidor faça revisões periódicas e a manutenção do seu veículo, pois os benefícios que ela prevê não incluem cobrir os desgastes do carro acima do necessário, que indicam o mau uso do veículo”, justifica.

Evaldo Kosters, diretor do Sindicato das Empresas de Reparação de Veículos (SINDIREPA) e também do Sindicato do Comércio Varejista de Veículos, Peças e Acessórios para Veículos no Estado do Paraná (SINCOPEÇAS), aponta que essa consciência do consumidor é muito importante para evitar o sucateamento da frota, em decorrência da falta de manutenção dos veículos. “É uma questão muito pouco discutida nesse cenário, mas temos que alertar o consumidor para o fato de que a falta de zelo com o carro pode afetar também o aumento de acidentes, por conta da segurança reduzida”.

 

Fonte Consystem

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